sábado, 26 de maio de 2012

Este espaço tem o propósito de partilhar processos criativos e oficinais, dando a conhecer práticas de trabalho ou fontes que me alimentam. Ao conhecê-las maior será a aproximação ao meu trabalho.
Comecemos então por uma fotografia de trabalho que despoletou a ideia da partilha possível dos bastidores de uma obra.
A minha prática oficinal não me facilita o uso de cavalete. No entanto este, velho companheiro que serve de suporte à obra fotografada tem uma história que o fez conquistar um lugar permanente no atelier. Sustenta uma prancheta forrada de cartolina cinzenta onde se apoia a obra fotografada e revela restos de tinta de obras que não resistiram à autocrítica ou ao filtro do tempo, acabando por ter um destino que nunca ninguém conhecerá.
A obra representada é constituída por um elemento metálico em zinco lacado a negro e por pintura a óleo sobre papel feito à mão.
Uma borracha rotring entalada contra o bordo da base imobiliza a prancheta.
Uma pilha de jornais num armário atribui uma dimensão à obra fotografada.



Edição final 16,5 x 50 cm.